CORVO BRILHANTE
Beltrame, Branco e seco, tipo hospitaleiro. Sua diplomacia sempre lhe rendeu boas amizades e parcerias. Tocou um sino dentro de sua cabeça numa manhã cinzenta e Beltrame sentiu-se ausente. Abriu a porta e não olhou para trás, ouvia uma voz atrás de si, mas não podia reconhecê-la. Ganhou a rua e ouvia risos, enquanto dava passos, enquanto empurrava o corpo pela calçada. Uma garotinha parou a sua frente e dizia coisas desconexas, sua boca abria e fechava sem parar, não podia entender, não podia fazer nada, não sabia do que se tratava, lembrou do arco íris que perseguiu durante anos em sua infância atrás do pote de ouro. Chorou! Denise havia o balançado, tinha um sorrido de poucos anos, ele era apenas um garotinho, ela tinha um irmão mais velho que teve que levar uma pedrada na cara por ter sido tão idiota, custou-lhe um possível amor. Primeira vingança, primeira decepção. Denise teve medo! Quando jogava, gostava de ganhar, se perdia fazia confusão, seus amigos não o compreend