ATIRANDO MENSAGENS AO MAR EM GARRAFAS DE VINHO

Garantias de que estava no lugar certo, nenhuma! Quem dera houvesse outrora, jamais houve! É como tocar piano para uma plateia surda, numa cadeira elétrica. Talvez uma performance eletrizante, com um final feliz os salve da inércia e da mudez, uma vez que seus olhos podem enxergar. Quem dera! Tirania dos sentidos, Paulo Roberto Wovst Leite.

Minha cabeça saiu para passear, projetou-se pelas portas, por entre as grades, do jardim suspenso, protegido. Caminhou pelas ruas, ao lado das calçadas ocupadas de manhã à noite urinadas. Entorpecidos ao sol, entorpecidos ao luar, lugar nenhum, todos os lugares, marquises. Corpos projéteis lançados, perdidos, procuram um alvo, alojar. Sob um céu de arranha céus, tenho aplicativo, rotas integradas, sul. Tirania dos sentidos, Paulo Roberto Wovst leite.