quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A PÊLO

Correndo pela estrada velha
como um maratonista grego
podia sentir-me um garoto nú
de pés descalços, cabelos soltos.

Um cavalo pastando me viu passar
e saiu a galope atrás de mim,
ficamos assim por minutos encarando-nos,
podia ver seu sorriso superior,
sentir seu coração arrogante batendo livremente,
seu corpo forte e altivo deslizando com facilidade.

Caí ao longo da margem da estrada inusitada
não pranteei, apenas arfava e arfava,
ele parou num estalo a alguns metros
e logo voltou a pastar e jazia ali tanta nobreza.


PAULO ROBERTO WOVST LEITE
De emoções guardadas.

Um comentário:

  1. meu velho... gostei de ler seus escritos novamente. Me lembrou um pouco aquela época do Refletindo... E saber que tanta coisa aconteceu depois daquilo... Abraço e vida longa!

    ResponderExcluir