CADA DIA SE BASTA


FAZ-SE NOITE NA CASA DE CAMPO

Cai a tarde, o sol jaz no poente e *Emiliano sorri dentro do peito, ajeita o bigode e o topete do chimarrão, sorve um gole longo e pensativo, assovia uma milonga, observa os quero-queros rixosos aos gritos voando de lá para cá, pega o bandoneón, começa a soltar e compor em notas alguma vontade e deixa transbordar o coração, seu olhar perde-se no horizonte, capturando os últimos minutos do pôr do sol, um sorriso brota-lhe nos lábios suavizando-lhe o rosto, suspira satisfeito e o bandoneón chora.

* Sempre fora um homem hospitaleiro, amante do que é bom, sóbrio, justo, honrado, contido nas palavras e dono de si mesmo.

Ensaiando um conto...
Paulo Roberto Wovst leite.

Comentários

  1. Belo ensaio, Paulo.

    Gosto muito do ensaio...quantas vezes me fico no ensaio...e volto a ensaiar sem atinar no que quero, afinal.

    Abraço
    António

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  2. Gostei... escreve muito bem, também quero o final, bjus no coração

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  3. Obrigado António e Ana, virão as outras partes.

    Valeu,
    Paulo.

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