Senhoras e senhores
Hoje eu quis, acordei
fazendo um poema
que me pegou de assalto
entre a madrugada e a manhã
estirado na cama, entre
lençóis
suando uma noite quente
meio nu, meio perdido entre o
sonho e o dormir
e acordando sozinho, ganhei o
asfalto
para deixar fluir algum
sentimento
Os aromas da manhã
misturados
rolando pela rua numa cabeça
pensante
pensando coisas de todo tipo
tipo, bee bop a lula e
qualquer vinho
desde que agradável aos
sentidos
mais ligeiro que os
desenfreados pensamentos projetados
num espaço de tempo
inexistente
intercalado com a força de
uma tempestade de verão
Que cai e arrasa
lava a rua
lava a rua
não deixa vestígios
ou exime os crimes da
madrugada
cúmplice de assassínios de
boêmios e amantes
que deixaram suas marcas nos
postes
feito cachorro vira latas
Você me disse:
quero estar nos teus sonhos
perigoso demais pra ti
não de desejo tal infortúnio
se queres estar
estejas ao meu lado
e corres perigo medido
desmedidos são os porvires
Não tenho pretensão de
merecer ou programar
dedos rápidos servem para
teclar
como Manzareck cheio de
idéias o faz com destreza
e me faz viajar ao sol
nascente
passa rápido um carro
chega apressado um pai cheio
de exemplos
para dar ao seu filho
pedinte
risos ecoam, hahahahahahaha
Meu querido amigo querer ser
exemplo
nobre projeto de ser e não
estar presente
quem me dera poder sorrir um
pouco contigo
mas não posso me dei às
rusgas da realidade
e não me vejo a vontade com
tipos que fazem caras e bocas
Não resmungo, reclamo e faço
bato e apanho
mas não resmungo
Me sinto com menos vinte e
mais de dois mil
e isso não é insano
é a mente se projetando
e se a bateria for bem marcada
o vocal soa suave
e o rock and rool me faz
delirar
me ocorre que o sol nunca
nasce e nunca se poe
e que eu estou parado
E girando como a terra
teria a percepção de que não
a leste
muito menos oeste
o que há é um eterno
caminhar
para lugar nenhum
estamos perdidos no espaço numa
astronave
condenada a destruição
por seus ocupantes auto
destrutivos
A rua, sim!
ela me faz pensar que meu coração ainda palpita e bombeia
boom boom boom boom boom boom bomm
explode uma paixão
garota as coisas são mais
lindas com você por perto
sinto que vou morrer e
poderia
no próximo orgasmo
uh ah uh ah uh ah uh ah uh
ah uh ah uh ah
Pré suposto,
Paulo Roberto Wovst Leite.
Paulo. Não é só querer para te poder acompanhar.
ResponderExcluirO teu pensamento é rápido, contínuo, como não poderia deixar de o ser.
Mas não tens um rumo certo. No momento em que escreves o poema, ele arrasta o teu pensamento. Será ele o reflexo da tua vida? Terás (teremos nós todos?) uma vida própria, um caminho determinado pela nossa vontade? Saberemos nós o que somos? Quem somos?
O que se quer de nós? Que energia é aquela em que nós próprios estamos integrados?
Podemos fazer de conta que não vale a pena interrogar a força e dinamismo dessa Energia e reduzirmo-nos a um momento em que possamos sentir que somos algo de concreto?! Que sabemos o que queremos e como lutar para alcançar uma forma de Felicidade!...
Onde está a Felicidade se não sabemos o que é a Felicidade!?...
Um grande abraço, Paulo.
Grande abraço amigo António e o obrigado pela reflexão, muito oportuno.
ExcluirMeu amigo poeta,as palavras em suas mãos são como argila nas mãos de um escultor, o nada vira tudo, e nasce uma obra de arte,dígina de admiração!!!!!
ResponderExcluirUm abraço!!!
Obrigado pelo elogio Cris!
ExcluirAbraço.